O vídeo inspira questionamentos sobre o que se sabe de vida em condições extremas. E faz biólogos se perguntarem que se um crustáceo pode sobreviver nas profundezas do gelo antártico, o que impede de haver vida em outros planetas?
“Eles estavam observando uma área tão pequena e apareceram não um, mas dois animais,” disse a bióloga Stacy Kim, da Universidade Estadual da Califórnia, que se juntou ao grupo da Nasa. “Não temos a menor ideia do que acontece lá embaixo.”
A microbióloga Cynan Ellis-Evans, do Serviço de Pesquisa Antártida Britânico, também achou a descoberta intrigante. “É inédito para o ecossistema subglaciar achar animais tão complexos. Mas é possível que eles tenham vindo de locais distantes e não vivam ali,” ponderou.
Stacy, que é coautora do estudo, duvida. O local onde eles foram encontrados fica a 20 quilômetros do mar aberto e o furo por onde desceu a câmera tinha 20 centímetros de diâmetro, e observava um trecho muito estreito. As probabilidades de dois animais estarem ali por acidente, segundo ela, é muito pequena. A pergunta agora é: como eles sobrevivem ali e do que se alimentam? “É impressionante achar um enigma desses num planeta em que se espera já conhecer tudo,” comemora a bióloga.
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