O Brasil, que anunciou seus últimos dados de crescimento econômico, se transformou oficialmente na sexta economia do mundo, relegando o Reino Unido à sétima posição, segundo confirmou o Centro de Pesquisa Econômica e Empresarial (CEBR, na sigla em inglês). O CEBR, com sede em Londres, previu em dezembro do ano passado ao publicar seu ranking anual de países segundo o tamanho de sua economia que o Brasil desbancaria o Reino Unido em relação ao volume de seu Produto Interno Bruto (PIB), algo confirmado hoje.
'Segundo os números divulgados hoje e aplicando os preços atuais e uma taxa de câmbio médio, o Brasil se confirma como a sexta economia e o Reino Unido passa à sétima posição', declarou à Agência Efe Tim Ohlenburg, economista-chefe desse centro, que prepara-se para lançar um ranking atualizado nos próximos meses.
De acordo com a lista de dezembro do CEBR, que agora deverá ser atualizada com os dados de cada país relativos a 2011, o Brasil ficaria atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e França, nessa ordem.
O Governo Federal informou hoje que a economia brasileira cresceu 2,7% no ano passado, até um PIB total de R$ 4,143 trilhões, que o CEBR transforma com o câmbio de hoje em US$ 2,469 trilhões.
Esta quantidade ultrapassa o PIB britânico em 2011, cifrado em US$ 2,42 trilhões, segundo o CEBR.
'É um movimento natural. O Brasil tem uma grande população, enormes recursos naturais e uma indústria forte. É um país destinado a continuar crescendo', comentou Ohlenburg.
O crescimento do Brasil em 2011 foi bastante inferior ao registrado no ano anterior, de 7,5%, o que reflete um aumento dos custos e a falta de competitividade de alguns setores da economia nacional.
Por sua parte, a economia britânica, debilitada desde a crise creditícia de 2008, segue desacelerada pelo efeito dos cortes do gasto público aplicados pelo governo para reduzir o déficit e pelo impacto da crise de dívida soberana na zona do euro.
Em 2011, o PIB britânico cresceu apenas 0,8% apesar de no último trimestre ter experimentado uma contração de 0,2%.
FONTE: http://exame.abril.com.br