sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

POR UM CURRÍCULO CONSISTENTE...

Entre tantas possibilidades, a escola deve optar por ensinar o que leva o aluno a desenvolver habilidades como o senso crítico e a ética

Não é de hoje que os educadores de diversos países se perguntam o que as crianças e os jovens devem aprender em sala de aula. Antigamente não havia dúvida: era preciso transmitir aos alunos os saberes que a humanidade acumulou nos últimos 10 mil anos em Ciências, Matemática, Literatura, Arte e as demais áreas do conhecimento. Sim, era uma grande pretensão, mas ninguém duvidava de que esse era o papel da escola.

Na contemporaneidade, essas certezas ruíram. Novas necessidades de aprendizagem foram surgindo ao mesmo tempo em que outras demandas sociais e culturais apareciam. Por uma série de motivos, a escola foi aos poucos tomando para si a responsabilidade pelo ensino de tudo o que uma pessoa precisa aprender durante a sua formação. Como bem compara o educador português António Nóvoa, muita gente toma essa instituição como um pote, em que são colocadas diversas coisas: além das que já estão lá – as diversas disciplinas –, se juntam também aulas de cidadania e meio ambiente, atitudes para prevenir a AIDS, a violência sexual e os acidentes de trânsito, noções de higiene pessoal e de saúde pública etc., etc., etc.

Conheci Nóvoa há alguns anos em Genebra, Suíça. Impressionou-me a capacidade que tem para dar consistência às ideias e práticas educativas, elevandoas à dimensão de ciência e de política. Prova disso são os princípios que ele defendea respeito da formação do currículo, tema principal da entrevista concedida à revista NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR, edição de junho/julho (2010). Ele afirma que não se pode pretender que a sala de aula resolva todos os problemas e que é preciso dar “à escola o que é da escola e à sociedade o que é da sociedade”. Ao ler esse texto, lembrei-me de outro grande educador, o nosso Paulo Freire (1921-1997), que costumava ressaltar em discursos e textos que educar não é aplicar conteúdos na cabeça das crianças, como se faz depósitos em contas bancárias – só que, nesse caso, seriam depositados trocados de conhecimentos. Freire e Nóvoa usam essas metáforas para superar a ideia de que o professor é o detentor de saberes contidos em matérias fechadas, e o aluno, o dono de uma cabeça oca e enorme para poder acomodar tudo dentro dela. Agora sabemos – depois de todas as contribuições de Jean Piaget (1896-1980), Lev Vygotsky (1895- 1934) e outros pesquisadores – que o conhecimento se forma depois de um longo processo de trocas, assimilações, adaptações e elaborações, influenciado por todos os aspectos humanos (valores, culturas, condições materiais etc.).

Sabendo disso, fica fácil se convencer de que a escola e a cabeça do aluno não são potes ou contas bancárias. Ela deve, portanto, pinçar, do leque de conteúdos, aqueles que trarão a maior possibilidade de a criança aprender e formar habilidades aliadas à cidadania, ao senso crítico e ao sentido de ética e estética. Cabe à escola optar por um programa que contemple as necessidades dos estudantes e as características da comunidade em que eles vivem, afinando-o ainda com as diretrizes dos currículos nacionais. Com esses parâmetros, é possível construir, sim, um projeto político pedagógico (PPP) para cada unidade de ensino, mas que não fique circunscrito a ela. Ele deve se refletir nos planos de Educação do município e da nação, já que nasceu da cultura atual, viva, produzida no seio da escola e de seus arredores, aliando-se politicamente à formação de uma nação democrática e republicana. Dessa forma, a escola nunca será uma oficina de formar agentes para o mercado flutuante de trabalho, mas uma instituição de onde saem cidadãos que se habilitam a trabalhar e participar da cultura e dos destinos da comunidade e do país.

Fernando José de Almeida

Fonte: Revista Nova Escola - 06/2010



* Fernando José de Almeida é filósofo, docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e vice-presidente da TV Cultura – Fundação Padre Anchieta.

PEDRO GRANDO HAHN...


Já com 6 anos...
FELIZ ANIVERSÁRIO... TE AMO FILHO!!!

FACEM - EDUCAÇÃO FÍSICA...

ATENÇÃO PARA DATAS DE AVALIAÇÕES:

Provas:

Escrita obrigatória 1 - Valor: 2,5; DATA: 18/04

Escrita obrigatória 2 - Valor: 2,5; DATA: 03/06

Integrada - Valor: 1,0; DATA: 21/05

Trabalhos teórico práticos:

Pequenos trabalhos - Valor: 0,5; DATAS: 11/03; 01/04; 23/05; 27/06

Relatórios das aulas práticas – Valor: 0,5; DATAS: 18/02; 25/03; 15/04; 06/05

Seminários - Valor: 1,0; DATA: 06/06

Projeto interdisciplinar - Valor: 2,0; DATA: 18/05

FACEM - ESTÉTICA E COSMÉTICA...

ATENÇÃO PARA DATAS DE AVALIAÇÕES:

Provas:

- Escrita obrigatória 1 - Valor: 2,5; DATA: 27/04

- Escrita obrigatória 2 - Valor: 2,5; DATA: 10/06

- Integrada - Valor: 1,0; DATA: 25/05


Trabalhos teórico práticos:

- Pequenos trabalhos (atividades avaliativas de sala) - Valor: 0,5 DATAS: 09/03; 30/03; 17/06; 24/06

- Relatórios das aulas práticas – Valor: 0,5; DATAS: 18/02; 25/02; 23/03; 20/04; 18/05

- Seminários (álbum mitótico) - Valor: 1,0; DATA: 06/05

- Projeto interdisciplinar - Valor: 2,0; DATA: 21/05