Reciclar o lixo é mais do que sinônimo de prática ecologicamente responsável. Além de melhorar o ar, a reciclagem diminui a poluição do ar, do solo, e da água. Especialmente nos grandes centros urbanos, gera empregos em cooperativas, organizações não governamentais e empresas.
Hoje, a maioria dos municípios brasileiros tem programas que separam todo o lixo ou parte dele. A coleta seletiva acontece em 56% dos 5.565 municípios brasileiros, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Ana Maria Domingues Luz, presidente do Instituto GEA - Ética e Meio Ambiente, diz que a reciclagem é só a terceira fase de ações responsáveis por melhorar o ambiente. - Antes de pensar no destino do lixo, as pessoas precisam ter consicência de que é preciso reduzir o consumo e reutilizar alguns materiais, quando necessário. A dica dos 3 "Rs" (reduzir o consumo, reaproveitar e reciclar) ajuda famílias, condomínios, escolas e empresas a não juntarem montanhas de lixo.
Redução do consumo
Reduzir o consumo não é tão difícil quanto parece. Na hora da compra, vale a pena levar de casa sacolas reaproveitáveis. A Associação Brasileira de Supermercados (Abrasa) diz que a população brasileira consome 12 bilhões de sacolas plásticas por ano. Esse material demora cerca de 400 anos para se decompor na natureza. Por isso, prefira produtos que duram mais e geram menos lixo. Em vez de comprar alimentos como frios e carnes em bandejinhas de isopor, que não podem ser recicladas, leve para casa os alimentos à granel. Também ajudam o ambiente a economia de água e energia. Evite banhos demorados, limpar a calçada com ajuda da mangueira e deixar a torneira aberta enquanto se escova os dentes. Televisões e aparelhos de som devem ser totalmente desligados e tirados da tomada após o uso, para gastar menos energia. Troque as lâmpadas incandescentes de casa por modelos fluorescentes (brancas), que são mais econômicas. Para consumir menos papel, use os dois lados da folha na hora de imprimir, mas pense duas vezes antes de gastar tinta e folhas. Papéis de presente em bom estado e em famílias grandes, fica mais barato e ecologicamente correto levar produtos em embalgans "tamanho família". Até mesmo no preparo de alimentos há maneiras de não desperdiçar. Vários vegetais têm talos, folhas, cascas e sementes que em vez de irem para o lixo, melhoram receitas e rendem novos pratos.
Reutilize produtos A reutilização (segundo R) é praticada de duas maneiras. Na primeira e mais fácil, basta repassar a alguém os produtos que seriam jogados no lixo, mas que ainda têm utilidade. Livros, roupas, materiais escolares em bom estado são alguns exemplos. Outro jeito é dar nova utilidade aos objetos usados. Vidro de palmito vira pote para guardar arroz ou feijão, potes de plásticos servem para armazenar algodão, caixas de sapato guardam brinquedos. Isso vai depender da criatividade de cada pessoa. Depois de tudo isso, ainda existem utensílios que podem ser reciclados, outros vão para os aterros sanitários e lixões. Primeiro, devem ser separados papéis, vidros, metais, plásticos e lixo orgânico (restos de comida). Ana Maria Luz explica que da coleta seletiva à reciclagem existe um grande caminho.
- Em muitas cidades não adianta as pessoas separarem o lixo e deixar na porta de casa. Quando não há coleta seletiva ou se ela não funciona direito, todo o esforço será em vão porque o lixo vai parar no caminhão e se mistura com outros dejetos, inviabilizando a reciclagem.
Depois da separação, procure a prefeitura, cooperativas que recebem materias para reciclagem - algumas retiram objetos em casa - e organizações não governamentais (Ongs).
Fonte: R7
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